Normal people (gente esquisita)

 


Já faz quase um mês que li esse livro e ele ainda é objeto de meus pensamentos (meu Império Romano). É difícil definir o que senti lendo esse livro, mas entre as possíveis descrições estão desconforto, raiva, alívio, aconchego. Difícil. É um livro que de primeira você sente que é tão simples e, aos poucos, toma conta dos seus pensamentos sobre as reflexões que ele trás. Pra ser sincera, nem entendo direito as reflexões. Sobre o que estou refletindo? Nem eu sei. Apenas posso afirmar que, desde que li, meus pensamentos sobre o que acontece no livro mudam. 

Li ele em inglês, em .epub, mas como gostei muito decidi comprar o físico (em português porque o em inglês tava muito caro). Pretendo ler novamente, mas não sei se vai ter a mesma magia ler em português agora. E meu Deus como quero ler de novo! 

Mas falando um pouco do livro. É difícil odiar os personagens, mesmo o Conell sendo todo errado e injusto com a Marianne. Mas basicamente o que a gente lê é sobre duas pessoas que tem seus problemas em casa, na escola, de relacionamentos... problemas esses que são diferentes, principalmente os que acontecem em casa, a gente vê a Marianne estando em um lar sem afeto e que, não entendo ainda o porquê, não gosta dela de forma alguma, e de outro lado, Conell, que tem uma mãe que o ama muito e acolhe a Marianne, sabendo o sofrimento que ela passa. A Marianne tem um sério problema de se subordinar a relacionamentos ruins porque ela não consegue de desvencilhar do que o Conell é para ela, e até mesmo as coisas ruins que ele fez. É interessante ler isso, a gente se identifica. É um livro sobre as experiências que a gente passa, com os sentimentos mais difíceis de lidar. Também mostra amadurecimento e, de certa forma, é muito real as coisas que acontecem.

Acho que o que mais traz identidade é o fato de que eles tem tanta intimidade e mesmo assim não conseguem discutir os termos do relacionamento deles. Eles podem falar o que quiserem um para o outro e nenhum deles vai distorcer o que foi falado, mesmo questionando. Nós temos problemas para nos comunicar e eles representam isso.

Não assisti a série ainda, mas pretendo assistir, porque parece que dói tanto quanto o livro.

O final me pega porque ele termina assim. Dessa forma mesmo, sem muitas explicações ou rodeios, só termina. O que nos resta é aceitar, da mesma forma que as coisas acabam ou acontecem na vida.

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